ENTRE OS 5 E OS 6,5 ANOS, SOMOS CASTORES

Os Castores são crianças entre 5 e 7 anos de idade que compartilham jogos e brincadeiras; realizam trabalhos manuais; cantam canções; e participam de a diversos tipos de atividades externas, ao ar livre, além de outros eventos especiais.

O Castorismo é baseado na História “Amigos da Floresta” – utilizada como fundo de cena – na qual tem-se as características do habitat do animal Castor que fundamentam a nomeclatura do Ramo, embasam a mística e as Cerimônias, além de nomear a chefia, segundo os personagens da história.

O Programa da Colônia é inspirado no “Beaver Leader’s Handbook” – do Canadá – desenvolvido especialmente para as características dessa faixa etária, procurando realizar atividades educacionais e recreativas de caráter não competitivo, com ênfase mais no participar e compartilhar, do que no “sair vitorioso”.

A Programação dos Castores inclui Atividades Externas e Acantonamentos (orientada segundo o molde das próprias atividades familiares), enriquecidas com a participação dos pais, pois é muito importante para criança dessa idade que a família compartilhe com ela desses momentos significativos. Em passeios ao campo e em acantonamentos é necessário pelo menos um adulto acompanhando cada Castor (outros membros da família são sempre bem vindos).

Carmen Ligia Nobre Lemos
Chefe Malak
Grupo Escoteiro Jabuti – SP 108

O GRITO DA COLÔNIA JABUTI

“A-la-uê, A-la-uê, A-la-uô,
Só quem é muito bom pode ser Castor
Colônia JABUTI”

A PROMESSA DO CASTOR

“Prometo Amar a Deus,
a Pátria e a Família e
Ajudar a Construir
um Mundo Melhor”

A LEI DO CASTOR

I – O Castor é Amigo dos Animais e das Plantas;
II – O Castor está Sempre Querendo Aprender;
III – O Castor é Alegre, Limpo e Obediente;
IV – O Castor trabalha em Família.

O LEMA DO CASTOR

VIVER MELHOR!

A BANDEIRA DA COLÔNIA

Castores

CASTORES NO BRASIL

Desde a década de 80, alguns Grupos pioneiros, no Brasil, vêm discutindo a necessidade de um programa para atender crianças com menos de 7 anos de idade, – os irmãos mais novos dos jovens escoteiros. Em 1984, o Grupo Escoteiro Paineiras, São Paulo, decidiu realizar atividades com essas crianças, explorando e testando um programa, em caráter provisório, tendo emprestado o nome de Castor, do programa do Canadá, e baseando-se nas atividades do Tiger Cubs Family Activity Book (Boy Scouts of America).

Após um período experimental, sentindo a necessidade de incrementar o programa e aprofundar-se nas características do novo Ramo, as atividades com as crianças foram suspensas. Passou-se, então, entre 1985 e 1986, por um período de intenso trabalho de pesquisa, importando-se diversos tipos de materiais dos EUA e Canadá. Esse estudo mais profundo forneceu o embasamento para a tradução e elaboração do Manual do Grande Castor, destinado à orientação básica para se realizar as atividades com as crianças e servindo de apoio aos líderes da Colônia. Esse Manual é mais do que uma tradução ou adaptação. Ele foi elaborado dentro de parâmetros inspirados nos Princípios e Métodos Escoteiros praticados em nosso país. Além disso, leva em consideração as características de nossas crianças, segundo orientação e coordenação de diversos especialistas da área (pedagogos, psicólogos, pediatras e, principalmente, escotistas experientes em educação infantil) que participaram da elaboração dos fundamentos do Ramo Castor.

Em Abril de 1987, o Grupo Escoteiro Paineiras, contando com a experiência anterior – agora bem mais fundamentada -, reiniciou o trabalho com crianças de 5 a 7 anos, abrindo, então, a primeira Colônia de Castor do Brasil. Após um ano de boas atividades, parte do “Grupo de Estudos sobre o Ramo Castor”, transferiu-se para o Grupo Escoteiro Jabuti, SP – criando, assim mais um Colônia de Castor, em Novembro de 1988.

Há 13 anos estamos realizando um trabalho seríssimo com as crianças, obtendo excelentes resultados, não só no que diz respeito à prontidão para o ingresso no Ramo Lobo, como também, e principalmente, estamos formando jovens dentro do verdadeiro Espírito Escoteiro. Nossa experiência demonstra que o jovem que inicia sua experiência educacional no Ramo Castor, permanece por mais tempo no movimento. Além disso, importa muito mais a qualidade desse jovem formado pelo movimento desde a mais tenra idade. Hoje, em nosso Grupo Escoteiro, boa parte dos Lobos da Alcatéia pertenceu ao Castorismo, como também, diversos Escoteiros e Escoteiras, Seniores e Guias, Pioneiros e Pioneiras e Chefes que foram iniciados nos princípios filosóficos do escotismo pelo Ramo Castor.

Em 1997, ampliamos a área de ação com a reabertura da Colônia do Grupo Escoteiro Paineiras (berço gerador dos Castores) e, em Junho de 1997, tivemos o prazer de contar com a abertura da Colônia do Grupo Escoteiro São Paulo, 1 – SP – através dos esforços da estimada Edna. Em 1998, conquistamos mais adeptos: G.E. Marcelino Champagnat, por iniciativa de Beth e Tatiana; G.E. São Francisco de Assis, com Dirce e Flávia; G.E. Piratininga Amicitiae, com Pina e Rodolfo; G.E. Boigy, pelo trabalho de Kelly; G.E. Indaiá, pela Juliana e Marlene; e G.E. Coopercotia, com a colaboração de André e Patrícia. Todos vêem se esforçando para realizar um trabalho de primeira.

E a expansão do Ramo continua. No ano de 1999, tivemos o prazer de incorporar ao nosso quadro, as Colônias do G.E. Tacaúnas / SP, G.E. Kaoquira / SP, G.E. Baltazar Fernandes / G.E. Sorocaba e G.E. Utu-Guaçu / Sorocaba. Aos novos castorzinhos, nosso Bravo, Bravo, Bravíssimo, e aos seus chefes, que tenham muita fé, força e coragem neste novo empreendimento.

Esperamos, assim, estar colaborando com o engrandecimento do Escotismo em nosso país, não permitindo que ele fique defasado com relação ao primeiro mundo, que já contam com um Ramo para essa faixa etária. Podemos seguir o exemplo de diversos países que desenvolvem programas especiais para essa faixa etária, seja com o nome de Castor – baseando-se no modus vivendi do animal -, seja com outra denominação, como: Austrália (Joey), Canadá, China (Pré Cubs), Dinamarca (Micro-Scout), Espanha, EUA (Tigers), Guatemala, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Líbano, México, Nova Zelândia (Keas), Reino Unido, Suécia, Peru, além de outros.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CASTORISMO

A importância do Castorismo reside em adaptar os princípios do escotismo a faixa etária entre 5 e 6,5 anos, devido a grande necessidade, nestes tempos modernos, em estender-se a atuação de atividade tipo escoteira à crianças desta idade – irmãos mais jovens de nossos lobinhos e escoteiros, filhos de chefes – enfim, crianças que, muitas vezes, já ficam acompanhando as demais atividades escoteiras durante as reuniões.

A seção do Grupo que congrega os castores é denominada Colônia de Castores, com, aproximadamente, 12 a 15 crianças, seguindo os princípios básicos semelhante ao escotismo, no que diz respeito à sua Organização. Ela é formada por 3 a 4 subgrupos – as Tocas – que são compostas por, no máximo, 4 crianças.

As informações necessárias para o desenvolvimento dos trabalhos com a ramo encontram-se no Livro Organizacional do Ramo Castor; no Manual do Chefe Castor; no Guia do Castor; no Cancioneiro Castor; e no Caderno de Atividades do Castor.

Os Princípios do Ramo Castor assemelham-se aos do Escotismo na sua essência, tendo sido realizado amplo estudo sobre as características psicológicas, cognitivas, afetivas e de socialização dessa faixa etária, criando-se o Lema, a Lei e a Promessa do Castor. Seus Fundamentos enfatizam a vida familiar do castor, sensibilizando-o ao auxílio ao próximo, cultivando seu espírito cívico e desenvolvendo sua espiritualidade natural.

O Símbolo do Castorismo (perfil de castor), o Sinal de mão, as cores do uniforme (marrom da terra, azul do lago e do céu) e a terminologia (Dique, Colônia, Batida da Cauda, etc) foram idealizados para transmitirem os valores próprios do Ramo, originados no “modus vivendi” do animal castor, servindo como base para criar as Tradições do Ramo Castor.

O Castorismo respeita a potencialidade de cada criança, trabalhando com conceitos adequados à sua idade, aproveitando suas características de amadurecimento tendo, como base, a relação natural de amizade com os animais e plantas; a curiosidade nata de estar sempre querendo aprender; a natureza essencial de ser alegre, ativo, brincalhão e a necessidade de desenvolver atividades em grupo e de socialização, o que embasa e é retratado nos 4 artigos de sua Lei.

O Sinal de Mão é feito com os dedos indicador e médio semi fletidos, afastados entre si, com polegar encimando e protegendo os demais dedos. Esse sinal simboliza os dentes frontais do Castor, sua principal característica e fonte de sua maior habilidade na natureza.

Por outro lado, a troca dos dentes de leite para permanente entre 5 e 6,5 anos é, também, a principal característica dessa faixa etária, demonstrando, não só o crescimento com suas mudanças de ordem física, como também (e principalmente) corresponde ao marco importante de promoção social (fase de alfabetização e socialização). Ao mesmo tempo, representa as duas partes da Promessa do Castor.

Além disso, quando o Castor ingressa na Alcatéia, ele serve de prontidão para o Sinal do Lobinho, bastando, nesse momento, a criança apenas esticar seus dedos.

O Ramo Castor tem em seu Lema uma proposta de estilo de vida com melhores perspectivas para o futuro destas crianças, que serão sensibilizadas a conscientizarem-se de que, as mudanças só ocorrem, quando assume-se uma atitude ativa para conquistá-las.

Carmen Ligia Nobre Lemos
Chefe Malak
Grupo Escoteiro Jabuti – SP 108